O uso da web – o que mudou de 2006 a 2011


O ano era 2006 – uma época muito distante para muitos, a grande rede estava começando a ficar acessível, algumas tecnologias e ideias consideradas caras e inviáveis estavam se popularizando como os monitores de  lcd, que acabaram com o mercado dos antigos e pesados monitores crt, e a cloud computing, que dava adeus à instalação de programas e manter arquivos no pc – tudo estaria na web. E no meio dessa reviravolta tecnológica começava outra, a das redes sociais, nos 3 anos antes e depois dessa data esse tipo de serviço, que nessa década ficou digitalizado se assistiu a subida e queda de algumas delas, tanto que nesse mesmo ano um conhecido jornalista da área de TI chamado Jonh Dvorak, conhecido no Brasil por escrever artigos para a revista Info, teorizou na edição de outubro de 2006 sobre como esse tipo de serviços poderia atuar no futuro, se baseando em informações atuais para aquela época. Pretendo aqui fazer uma comparação com o que aconteceu nesses mais de 5 anos que ocorreram e tentar relacionar com o presente e como tudo isso afetou ou mudou a opinião de usuário de internet.

Começando o fato de que o mundo ainda comentava e se lembrava das consequências da bolha da internet, fenômeno que atacou a web de 1999 a 2000, comparação com a bolha das empresas .com (empresas que tinham milhões de acessos, porém tinham um valor financeiro superestimado sobre seu baixíssimo lucro real), que tiveram seu auge entre 1999 e 2000. Pouco tempo depois fomos testemunhas a nova web 2.0, que nos instiga a colaborar com o que é publicado, o que ficou banal e comum com o blog e suas plataformas (wordpress, blogger etc.), os sites estilo wiki , o jornalismo colaborativo etc., o que transformou o usuário pela primeira vez em produtor de conteúdo e não apenas um consumidor e com maior poder de crítica, e persuasão sobre a qualidade do que é transformado em coisa pública, pois nesses tempos, críticas e opiniões acabam por ser levadas em consideração. Devido ao poder disseminador da rede, seu alcance é mundial, o que já nos acostumamos com a ideia

Redes sociais são como qualquer invento que existiu – se não é constantemente aperfeiçoado, cai de desuso quando algo melhor aparece. Há 5 anos foi feito uma previsão de como elas seriam capazes de ter grande alcance, com grande público e com um grande retorno financeiro. Aqui o foco é a tendência de unir em plataformas especializadas na web grupos de pessoas que compartilham gostos, músicas, ideias e outras coisas em comum. Com foco na realidade americana, o jornalista ainda vê algumas das plataformas como o Facebook como algo voltado para colegiais e universitários (tendo em vista a sua origem), começando a ganhar nome, tanto que atualmente é um nome conhecido, tem até um filme, o famoso A Rede Social, acumula polêmicas e trunfos de ser a plataforma web maiss usada do mundo com 700 milhões de usuários.

Isso, sem falar nas redes sociais como o Myspace que, de uma das pioneiras em redes sociais, acaba por se tornar uma rede em declínio por não acompanhar e colocar inovações em sua plataforma, sem falar do famoso orkut – pelo menos no Brasil e na ìndia, pois não decolou muito fora desses países, dando aos brasileiros a experiência de ter acesso a experiências de partilhar gostos, ideias e opiniões, porém dando ao mesmo tempo, a sensação de ver crimes reais virando virtuais, sem contar o problema da futilidade na Rede.

O tempo, ao longo dos anos, ensinou para os brasileiros e, consequentemente, para o mundo todo, como se devem se portar nessas plataformas, a netqueta acaba por ser tirada da teoria e posta em prática.

John C. Dvorak – Vem aí a bolha 2.0 – Sites como o youtube e o myspace apontam nova tendência. Revista Info. Outubro de 2006. p. 36.

Referências

http://www1.folha.uol.com.br/tec/831245-facebook-vale-us-41-bilhoes-dizem-analistas.shtml

http://www.brasilescola.com/informatica/bolha-dos-anos-2000.htm a bolha do ano 2000

Sobre #Mapinguari Digital

Grupo de comunicação e discussão dos bolsistas, coordenadores e articuladores do projeto de pesquisa de interações entre sociedade e redes sociais do CFI UFOPA com patrocinio do CNPQ e participação da Casa Brasil Santarém.

Publicado em março 7, 2012, em ativismo digital, Cultura Digital, internet, Sociedade, Software Livre e marcado como , , , , , , . Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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